terça-feira, 24 de junho de 2014

UNI VERSO


UNI VERSO

Miríade espacial,
Fogosa lâmina negra.
Calores, colares, colagens,
Cocares de cardos de estrelas...
Pontos de pontas que apontam
Rastros de astros, planetas.
Átomos, átimos, ritmos,
Algoritmos cometas,
Pasmos, espasmos, marasmos,
Mar cósmico de ondas pretas.
Universo, imerso verso,
Alfa, beta, gama de letras,
Prescrita escrita infinita
De espirais e piruetas.
Sois sóis pulsando a sós
Fluxo de fótons,
Luzes-canetas.


Marcelo Asth

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Para um Poema triste

Para um Poema Triste

Um poema destinado a ser triste
Tem que ter um oh!
Tem que ter um ah!
Tem que ter um algo
Que a palavra não permite.
Tem que ter a prece
Ocultada que persiste
Numa rima que apresse
O que o verso não insiste.
Um poema dito de melancolia
Tem que ter início
De um fim de poesia,
Sendo fictício
No real da fantasia.
Tem que ter um oh!
Tem que ter um ah!
Tem que ter suspiro
Para além de uma grafia.


Marcelo Asth