domingo, 5 de fevereiro de 2012

Poema: O Tal

O TAL

Bate palma,
paga pau,
paga peito,
pega tudo 
o que for feito pelo tal.
Sente o tato,
pelo falo,
pelo fato
do status aumentar.
E é foda,
é uma roda -
quem está fora vai rodar.

Só porque não oro ao deus,
só porque eu sou ateu,
contra mim querer ser teu.
Entidade, puta, deusa,
suma celebridade,
supra sumo do nariz em pé
do meu país.

E tem gente que faz tudo
só pra ficar desnudo
e achar que é feliz.

Fernando Rublón 

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