SILHUETA
Hoje a noite é bonita
E maior que de dentro de mim.
Meu olhar se acostuma ao negro
E longe vejo a noite deitar a montanha.
Não só silhueta:
Nuanças, uma terra toda debruçada.
Quanto mais foco no alto,
Mais profundamente enxergo,
Olhar no túnel que veste opacas nebulosas.
Sem utilizar os números,
Talvez eu conte nu as estrelas.
Se continuo a olhar no escuro
Será quão claro eu vejo?
E quanto mais vou seguindo,
Mais preciso me reencontrar.
Marcelo Asth
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