ZEBRA
Quando luz surge na sombra
quando o corte porta a luz
secciona iluminado
um feixe aceso e outro desligado
a parede reflete a faixa indecisa
decide incisar meio iluminada
divide-se incisiva no escuro
a réstia penetra a brecha e o furo
e beija o resto da parede, projetando o muro
o corpo opaco intercepta a claridade com apuro
voraz diagonalizada na tez que se faz zebra
sombra que desmaia a luz na lombra
rasgo que conduz o sol que engasgo
raio que pinta a ponta em pretume
de repente se passa num pente o lume
ilustra listras preto-e-branco e se resume
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