sexta-feira, 6 de maio de 2011

Poema: Estradas

ESTRADAS

Eu tenho ar, direção, vidros e travas
e estradas com vivos olhos-de-gato.
Perco meus freios numa curva fechada
e capoto, capoto, capoto em abismos.

Quem se pôr na minha frente
que se atropele trôpego,
pois meus faróis estão apagados
nas curvas noturnas e serranas de mim.

Marcelo Asth

Um comentário:

  1. Que se tropegue trágico
    neste trânsito transitório
    ora subindo
    ora caindo
    serra abaixo...

    retem-o o mar!

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