sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Poema: Cheia

CHEIA

aos amigos do Ocupa Rio - Cinelândia

Uma roda me renova
quando cheia inunda a praça
e a palavra me abraça -
ouço a minha própria voz.
Território ocupado:
o mundo é meu,
gira ao contrário
do que leva à aflição
que nos tonteia.
Mundo é nosso,
renovado.
Eu sou quem
está ao meu lado.
Se eu pulso, tudo pulsa,
a praça é a veia.
Do que tomba,
do que salta,
do que bomba
o que bombeia.
Liberdade é andar
no meio de um praça 
cheia.

Marcelo Asth

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