sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Poema: Janela

JANELA

A gente tem que aprender a forjar o deboche,
em fogo quente, pra espalhar brasa e queimar os circos.
Minha lona de celofane, a primeira a arder em noite estrelada.

Corro às ruas exibindo a minha feiura internalizada
e vomitando os gostos que ninguém quer.
A vespa irônica dos sentidos vai picar os insatisfeitos.

(se não quiser/puder seguir o conselho, melhor fechar as janelas).

Marcelo Asth

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