terça-feira, 11 de junho de 2013

Poema: CenáRio

CENÁ RIO

Essa liberdade que dói,
Falsamente esculpida.
Mortos nas gaiolas
Os pios de uma juventude esquecida.
A alfombra do tempo
Levemente revirada -
Os anos voltam como espirais.
Cerceadamente o gavião sobrevoa
E povoa de sombras
Os traços das ruas repletas.
A paz é apenas migalha de alpiste,
Pastiche de felicidade.

Éramos todos pulso
Na carne da cidade perdida,
Voando pelas ruas em busca de ar.
Essa revoada desmedida
Em meio a um erro de lástimas,
Essa brutalidade, essa pedra bruta
Retirada das paredes rasgadas.

Esse peso mal lapidado
Retrata em suas faces os tantos
Que se expõem no brilho
De um sonho.

Marcelo

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