GANGORRA
De um lado da boca,
Uma parábola ascendente.
Do outro lado,
outra, descendente.
Uma gangorra desenhada em linhas
Decadentes.
Efervesce espumando
cólera,
alegria,
gozo
e medo,
Um coração que testa a si mesmo
Subindo e descendo
Os lados da mesma gangorra,
Condescendente.
E que transborda,
De repentemente,
Da borda da boca
E dos dentes.
Plínio Xavier
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