um peixe esquisitíssimo de nome fascínio operante, abarcando todo o calor do poente na calma de uma poça gigante mar vivo, vindo à tona pra descobrir delícias e dar olhos no beijo de deus, cantando pro encanto da floresta da tijuca e às florações de todo tempo passado porvir. este peixe de escamas de olhos tudo avista antes de existir e depois parece que vai embora, mas ainda dedica mil olhos sobre ti, percebendo cada euforia de tua vida cada instante. se se olhas bem o que está ausente - e que mais brilha por ser essa distância que não se vê -, à espreita e dentro de ti esse bicho enigma se esconde, se revela sem ao menos mostrar-se, na magia da proxemia, escondendo-mostrando, do delírio triunfante e neutro de um algo fora. se precisares o teu parco olhar sob este estranhíssimo, ficarás deveras em zonzeio, que suas imagens se mutiplicam justapostas e se dividem estilhaços num além do percepto cerebral. sabes de um peixe, mas a característica maior de sua carestia repleta abundante é apenas um terço de qualquer partícula de um segundo teu - que é maior do que o triplo do universo que ousamos definir que conhecemos.
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