É estranho receber poemas por debaixo da porta. Mas o que é mais estranho, e que acontece agora comigo, é deixar que o estranho se torne comum, que a carta secreta e mágica pareça um envelope postal. Mas a caixa de correio não é debaixo da minha porta!
No momento, a tranquilidade do que é estranho já se instalou. Nem estranho é mais. Agora já se tornou uma prática mais distante. Nem recebo mais todos os dias, como antes.
Vim aqui pra dizer que além dos poemas de Marcelo Asth por debaixo da porta e os poemas de Dinorah Lima dentro do forno (que foram poucos), agora a cama de cima do beliche fica desarrumada, quando eu acordo. O feitio de um corpo que acaba de acordar, a impressão do peso de uma pessoa que dormiu ali. Fico pensando se meu irmão León voltou. Seu espírito deve trazer os poemas.
Sem mais,
Bloba
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