quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Poema: Flecha

FLECHA

Se me desentendem
Sofro um pósconceito.
Pois que eu já fui, vim, voltei
E reinei ressignificado.
As pessoas têm paredes
E as paredes têm ouvidos.
Eu nunca.
Se eu parasse pra ouvir a mim,
Calaria.
Sou carregado de brecha
E trespassado de flecha,
Deixando assim
Vazar toda a luz
Que concentrei dentro do corpo,
caixa escura.

Virgínio da Calêndula

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