sábado, 25 de dezembro de 2010

Poema: Enterro

ENTERRO

Não consigo
Me apartar da sua caveira.
De toda maneira
os seus ossos me cutucam.
O mau cheiro das entranhas
que entontecem, que machucam... 

Vê se esquece, esqueleto
- agora é sério -,
fica aí no cemitério,
que o buraco é bem mais fundo:
Poço imundo em que te meto.


Dinorah Lima



Depois de tanto tempo recebendo os poemas de Marcelo Asth, nesta noite de Natal recebi os poemas de Dinorah Lima. Não sei quem é essa pessoa poética, mas é intensa, fala de caveiras e martírios. Gostei. Tenho andado meio assim, mesmo no Natal. O Natal foi legal. Não tenho recebido tantos poemas do Marcelo; os envelopes sob a porta deram um tempo. O curioso é que os poemas de Dinorah apareceram dentro do meu forno. Vai entender. Eu já acho graça de tudo... vão também parar no beliche. Acho válido.

Bloba

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