segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Poema: Temporeal


TEMPOREAL

Na temporalidade da matéria,
Transmuta o dia, gere horas
Que não passam, emperradas.

Relógios de antiquários
Têm desejos digitais.
Os dedos implorando.
Breves toques.
Marcam o atrás.

Atrás de quê?
O que é o tempo?
É o que engasga minutos
Nos mistérios, horas que furto,
Pra eu esperar você real sem- tempo.
Com temporal intenso e curto


Marcelo Asth

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