sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Poema: Galope

GALOPE

Se solto meus cavalos
Como solto meus cabelos,
O vento dos meus medos
Vai acabar por penteá-los.
Cem léguas me embrenho na bruma,
Com a língua lambendo a brisa,
Bebendo espuma.

Se volto com meus medos,
Em que toca hei de cavá-los?
Como faço pra cabê-los?
Entoco pra acabá-los. Pra não tê-los.

Dali nascem mil flores,
Feias, tortas; vezes mortas, frágeis...
Desejosas de um vento
Que venha a todo momento.
Galopam cheios de força
Meus cavalos tempestivos,
Abatendo feias flores no caminho.

Marcelo Asth



Esse poema já foi enviado a mim anteriormente. Não sei por qual motivo ele se repetiu. Mas levantei na madrugada, como sempre, de costume e o li em voz alta. Bateu diferente.

Bloba

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