sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Poema: Metrô


METRÔ

Os seus olhos tem uns ímãs
Que são incompreensivos.
Se arrastam pelos ferros
de outros trilhos.
No metrô,
de metro em metro
se acoplam num vagão
e de mim se esquecem
os seus olhos.
E passeiam pelo vão
entre o trem e a plataforma
e me informam
o perigo de uma outra colisão.
Vão olhando magnéticos
alguém sentado ali -
e eu querendo chegar 
em tua estação.
Os seus olhos de ímã
não reparam se estou são
e passeiam vagarosos 
no vagão.

Marcelo Asth

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