domingo, 17 de abril de 2011

Poema: Ceia

CEIA

a lua pendurada na linha
que divide o céu do mar
tem tudo nas mãos
na sutil divisão do mundo
quando as plêiades
e as anêmonas
dançam juntas
procurando devorá-la.

Iago Sanches


Iago Sanches se juntou aos meus poetas desesperados. Não sou editora. Não escolho poetas pra lançar livros. A quem e como aviso isso? 
Hoje fui tomar um banho pela manhã e ao olhar o espelho do banheiro, os dois poemas que ele me mandou se encontravam presos entre a moldura e o vidro que refletia, numa folha pautada. Um monte de letra estranha, embaralhada, sem sentido. Não dava pra entender. Como cada um dos poemas veio numa face da folha, ao tentar ler um que estava numa parte, olhei pro reflexo do espelho e lá estava o poema de trás, revelado. Foram os dois escritos de forma invertida. Divertido ele. Só ao olhar o espelho se vê a imagem. Precisa haver um reflexo para a reflexão.

Bloba.

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