terça-feira, 19 de abril de 2011

Poema: Sideral

SIDERAL

Preparo contraindo
a mola propulsora.
Toda a energia espiral
que libera um impulso,
me recebe, catapulta,
me impulsiona, me repulsa,
me lança, ser sideral.
Tudo bem, não sou daqui.
Vagueio um buraco negro
entre astros metamórficos.
Vou sumir na lentidão
da velocidade da luz,
me espalhando, preparando
um possível Big Bang.
De mim não nascerão mundos.
Apenas dos sentimentos imundos
novas estrelas cintilarão
nos cinturões que já disponho
em desenhos desiguais.

Marcelo Asth

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