PORRADA
Não me importa que a porta
Me bata na cara.
A gente se corta, se fode, se sara.
A gente se transfigura,
Atura atadura, dura patada.
Fica ali a cicatriz,
Atriz da cena que fica;
Agüenta o tranco.
Estanca, manca em solavanco,
Sangra quando lembra e avança
Pra cima de quem bateu a porta.
Toda torta, a alma sem calma, espancada,
Corre pelo corredor procurando por nada.
Não sabe a alma que às vezes
Somos nós mesmos
Que nos damos porrada.
Marcelo Asth
Procura-se desesperadamente
ResponderExcluirum poema singelo
pois amenizante seja
o autoflagelo!