quinta-feira, 7 de abril de 2011

Poema: Mercado

MERCADO

Têm coisas que não
estão à venda.
Eu vejo os vendidos 
querendo comprar.
E vendo que estão
tão vendados,
me vendo
a preço popular.
Não tendo moeda que troque
ou não aceita a transação,
me cobro fora de estoque,
me cubro de falsa inflação.
Meu valor ultrapassa 
o meu toque de Midas.
Me vendo às escondidas
em sua liquidação.

Marcelo Asth

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