VALSA DO DESALINHO
Viver,
este rito de espera.
Impera quem teme esperar
e finge que não desespera
o ritmo que tem que emperrar.
Não deixa fluida a dança
e lança fingindo deixar.
A música é a falsa esperança
de quem não consegue valsar.
O tempo que segue marcando
condena quem erra algum passo.
Os riscos marcados por terra
alinham o meu descompasso.
Marcelo Asth
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